Nos últimos dias está ocorrendo um “cabo de guerra” entre os bancos e o Ministério da Previdência e Fazenda em relação aos juros dos empréstimos consignados. Este tipo de empréstimo é concedido para aposentados e pensionistas, onde o objetivo principal é fornecer recursos com juros baixo, já que há uma garantia do governo no pagamento.
Mas os bancos tem proposto na última reunião uma taxa entre 1,99% e 2,01%. A reunião ocorreu em São Paulo com a presença dos Ministérios e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo eles, essa taxa nestes moldes é suficiente para arcar com os custos de operação para aposentados e pensionistas que queiram solicitar o consignado.
Entretanto a proposta do governo é de que os juros sejam de no máximo 1,95% ao mês ou até menos, chegando em 1,7%. Na última redução de juros, os bancos suspenderam as operações no país.
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Suspensão
Com a suspensão realizada pelos bancos, os aposentados só podem realizar empréstimos com juros mais altos. Ao longo desta semana haverá novas reuniões e a decisão final deve ocorrer no próximo dia 28 de março. A última reunião ocorre no Conselho Nacional da Previdência Social.
Mudanças
Além das taxas, o governo também deve apresentar um projeto acabando com as regras que possibilitam o rotativo, onde o aposentado ou pensionista pode renovar o empréstimo, mas sempre pagando mais taxas. Outra mudança é a limitação de acesso para intermediários financeiros sobre os dados cadastrais dos beneficiários.