Cerca de 63 mil beneficiários que hoje recebem o auxílio emergencial estão entre os doadores de campanhas eleitorais neste primeiro turno. O número foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vem apurando uma ação suspeita nesta questão.
Em reais esse número chega a mais de R$ 54,5 milhões.
O Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral vem usando um cruzamento de informações de seis órgãos federais, entre eles:
- Controle de Atividades Financeiras (Coaf);
- Receita Federal;
- E o Ministério Público Eleitoral (MPE).
Os dados técnicos inseriram uma grande lista de beneficiários do Auxílio Emergencial, além de famílias que recebem do programa Bolsa Família.
Estes recursos doados para as campanhas, somam aproximadamente R$ 589 milhões.
Foram identificadas 31.725 empresas fornecedoras, onde no quadro societário há beneficiários de ambos os programas. Essas empresas foram contratadas para ofertar serviços nas eleições municipais, recebendo o equivalente à R$ 386 milhões.
TSE
O grupo de inteligência ainda identificou 7.985 empresas criadas a poucos dias, cujo um dos sócios é filiado a partido político. O montante destes chega a 68,7 milhões de reais.
Foi identificado também 12.437 doadores que não possuem um emprego formal. Neste caso o montante chega a 44,2 milhões de reais.
O TSE também identificou 2.751 doações de pessoas com renda incompatível com o apresentado pela receita. Estes somam R$ 23,7 milhões.
As suspeitas são ainda maiores já que 24 doadores constam no Sistema de Controle de Óbitos, que doaram um total de R$ 36 mil.
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Continuidade
Agora esses e outros dados obtidos pela central de inteligência deverão ser analisadas por juízes eleitorais, que devem dar sequência nas investigações.
Caso as suspeitas sejam confirmadas, candidatos que foram eleitos e que tenham recebido os valores, deverão prestar esclarecimentos à Justiça através do Ministério Público Eleitoral.
Fonte: TSE.